Estrutura
Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita:
prática de produção de
textos orais e escritos
O que o aluno poderá aprender com
esta aulaDados da Aula
# Desenvolver o gosto pela leitura
# Produzir textos escritos
# Diferenciar textos de hipertextos
# Criar hipertextos
# Buscar por si mesmo suas fontes de conhecimentos
através da pesquisa e da observação
Duração das atividades
Dez aulas
Conhecimentos prévios trabalhados
pelo professor com o aluno
# Saber o que é conto e suas características;
# Entender o que é coesão e coerência;
# Conhecer o que é um hipertexto e como
criá-lo (estrutura hipertexto);
# Identificar as diferenças entre o falar e o
escrever
Estratégias e recursos da aula
1ª Etapa
Começar a aula contando o conto “Negócio
de Menino com Menina” de Ivan Ângelo do livro De conto em conto, após a contação perguntar para aos
alunos que tipo de (historia) texto é esse.
Explicar que é um conto, suas estruturas e características. Deixar os
alunos falarem livremente sobre contos e as historias que já conhecem.
Negócio
de menino com menina (Ivan Angelo)
O menino, de uns dez
anos, pés no chão, vinha andando pela estrada de terra da fazenda com a gaiola
na mão. Sol forte de uma hora da tarde. A menina, de uns nove anos, ia de carro
com o pai, novo dono da fazenda.
Gente de São Paulo.
Ela viu o passarinho na gaiola e pediu ao pai:
— Olha
que lindo! Compra pra mim?
O homem
parou o carro e chamou:
— Ô
menino. O menino voltou, chegou perto, carinha boa. Parou do lado da janela da
menina. O homem:
— Esse
passarinho é pra vender?
— Não
senhor.
O pai
olhou para a filha com uma cara de deixa pra lá. A filha pediu suave como se o
pai tudo pudesse:
— Fala
pra ele vender.
O pai,
mais para atendê-la, apenas intermediário:
—
Quanto você quer pelo passarinho?
— Não
tou vendendo não senhor.
A
menina ficou decepcionada e segredou:
— Ah,
pai, compra.
Ela não
considerava, ou não aprendera ainda, que negócio só se faz quando existe um
vendedor e um comprador. No caso, faltava o vendedor. Mas o pai era um homem de
negócios, águia da Bolsa, acostumado a encorajar os mais hesitantes ou a virar
a cabeça dos mais recalcitrantes:
— Dou dez mil.
— Não senhor.
— Vinte mil.
— Vendo não.
O homem meteu a mão
no bolso, tirou o dinheiro, mostrou três notas, irritado.
— Trinta mil.
— Não tou vendendo,
não, senhor.
O homem resmungou
"que menino chato" e falou pra filha:
— Ele não quer
vender. Paciência.
A filha, baixinho,
indiferente às impossibilidades da transação:
— Mas eu queria.
Olha que bonitinho.
O homem olhou a
menina, a gaiola, a roupa encardida do menino, com um rasgo na manga, o rosto
vermelho de sol.
— Deixa comigo.
Levantou-se, deu a
volta, foi até lá. A menina procurava intimidade com o passarinho, dedinho nas
gretas da gaiola. O homem, maneiro, estudando o adversário:
— Qual é o nome
deste passarinho?
— Ainda não botei
nome nele, não. Peguei ele agora.
O homem, quase
impaciente:
— Não perguntei se
ele é batizado não, menino. É pintassilgo, é sabiá, é o quê?
— Aaaah. É
bico-de-lacre.
Menina, pela
primeira vez, falou com o menino:
— Ele vai crescer?
O menino parou os
olhos pretos nos olhos azuis.
— Cresce nada. Ele
é assim mesmo, pequenininho.
O homem:
— E canta?
— Canta nada. Só
faz chiar assim.
— Passarinho besta,
hein?
— É. Não presta pra
nada, é só bonito.
— Você pegou ele
dentro da fazenda?
— É. Aí no mato.
— Essa fazenda é
minha. Tudo que tem nela é meu. O menino segurou com mais força a alça da
gaiola, ajudou com a outra mão nas grades. O homem achou que estava na hora e
falou já botando a mão na gaiola, dinheiro na outra mão.
— Dou quarenta mil,
pronto. Toma aqui.
— Não senhor, muito
obrigado.
O homem, meio
mandão:
— Vende isso logo,
menino. Não tá vendo que é pra menina?
— Não, não tou
vendendo não.
— Cinqüenta mil!
Toma! — e puxou a gaiola.
Com cinqüenta mil
se comprava um saco de feijão, ou dois pares de sapatos, ou uma bicicleta
velha.
O menino resistiu,
segurando a gaiola, voz trêmula.
— Quero não senhor.
Tou vendendo não.
— Não vende por
quê, hein? Por quê?
O menino acuado,
tentando explicar:
— É que eu demorei
a manhã todinha pra pegar ele e tou com fome e com sede, e queria ter ele mais
um pouquinho. Mostrar pra mamãe.
O homem voltou para
o carro, nervoso. Bateu a porta, culpando a filha pelo aborrecimento.
— Viu no que dá
mexer com essa gente? É tudo ignorante, filha. Vam'bora.
O menino chegou
pertinho da menina e falou baixo, para só ela ouvir:
— Amanhã eu dou ele
pra você.
Ela sorriu e
compreendeu.
Depois de ouví-los,
mencionar os contos de fadas e apresentar outras modalidades de contos:
maravilhosos, fantásticos, psicológicos e realistas.
http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1706u25.jhtm (acesso
em 23/09/2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contos_de_fadas (acesso
em 23/09/2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_fant%C3%A1stica (acesso
em 23/09/2010)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contos_maravilhosos (acesso
em 23/09/2010)
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=291052 (acesso
em 23/09/2010)
2ª Etapa
Levar os alunos à biblioteca para realizar a
leitura de algum conto. Durante a leitura deverá registrar a bibliografia, resumo
e comentário pessoal.
3ª Etapa
Em outra aula estudar a estrutura que todo
texto deve ter, coerências, coesão e as diferenças entre
o falar e o escrever.
Assistir aos vídeos para compreender melhor
sobre a coesão e coerência
4ª Etapa
Fazer em sala o reconto do texto lido de acordo com
os critérios estudados sobre a produção de texto.
5ª Etapa
No laboratório de informática, o aluno
aprenderá a criar um hipertexto, links através de observações e pesquisas em
outros hipertextos.
6ª Etapa
Montagem do próprio hipertexto no laboratório de
informática, por meio de um roteiro estabelecido, que deverá constar:
1. Definição de conto
2. Características
3. Resumo do conto
lido
4. Biografia do autor
5. Bibliografia
7ª Etapa
Após montagem do hipertexto os alunos irão postá-lo
no blog da biblioteca (bibliotecadocerb.blogspot.com). Logo após,
irão ler os hipertextos dos colegas para se autoavaliarem e ver as correções
necessárias. Depois do texto estiver totalmente pronto, cada aluno deverá ler e
comentar o hipertexto que mais gostou.
Recursos Complementares
- Dicionários
Avaliação
Os alunos serão avaliados durante todo
o processo de execução das atividades e da produção do texto até a conclusão
final de cada um. Serão avaliados também em participação, interesse, oralidade,
criatividade, criação de pagina pessoal com hipertexto e links. O
professor poderá fazer alguns questionamentos para avaliar seu trabalho e dos
alunos:
§ Os alunos conseguiram produzir um hipertexto? Houve
dificuldades? Se houve quais foram ? O que poderá ser mudado?
§ Houve cooperação entre os alunos? Alguém se
prontificou a ajudar o colega na dificuldade em que se encontrava?
§ Os alunos se interessaram por essa ferramenta?
Participaram ativamente ou ficaram dispersos?
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